O Ministério das Finanças de Cabo Verde vai realizar uma inspecção à Presidência da República do país, após a polémica com o salário e as regalias da primeira-dama, foi hoje divulgado.
Em comunicado, o Governo cabo-verdiano avançou que o ministro das Finanças e do Fomento Empresarial, Olavo Correia, na qualidade de tutela de controlo, determinou uma acção de inspecção à Presidência da República, centrada nas rubricas de "despesas com o pessoal".
Segundo a mesma fonte, a acção abarcará o período compreendido entre 9 de Novembro de 2021, data da tomada de posse do Presidente da República, José Maria Neves, e a presente data, "com o intuito de esclarecimento da legalidade e regularidade das despesas com o pessoal".
"Nestes termos, nos próximos dias, uma equipa da Inspecção Geral das Finanças (IGF) estará na Presidência da República para a realização da mesma", concluiu-se na nota do Governo, suportado pelo Movimento para a Democracia (MpD).
A inspecção acontece após uma polémica gerada no país sobre um alegado salário de 300 mil escudos (2.720 euros) da primeira-dama, Débora Carvalho.
O Presidente cabo-verdiano já tinha pedido um posicionamento do Tribunal de Contas e da Inspecção Geral das Finanças sobre a matéria, designadamente nas questões de legalidade, e anunciou que as regalias da companheira iam ser suspensas.
José Maria Neves, antigo primeiro-ministro e eleito com o apoio do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, actualmente na oposição), anunciou ainda que, se for entendido que haverá algum montante a repor, "será feito de imediato". (RM-NM)
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