A missão de observação eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) às eleições legislativas na Guiné-Bissau saudou, esta terça-feira, a "forma ordeira e organizada" como decorreu o escrutínio, notando "aspectos relacionados com a discrepância nos cadernos eleitorais".
“O processo de votação decorreu de forma ordeira e organizada, em ambiente de tranquilidade, e com elevada afluência nas mesas observadas", destaca a declaração preliminar da missão de observação eleitoral (MOE) da CPLP, que foi chefiada pelo embaixador Alberto Carlos, de Timor-Leste.
Relativamente às "discrepâncias nos cadernos eleitorais, nalguns casos podendo impedir eleitores regularmente inscritos de votar", a MOE da CPLP "incentiva o compromisso das autoridades competentes pela gestão do processo eleitoral com o aperfeiçoamento contínuo dos procedimentos eleitorais e o reforço da formação e capacitação dos membros das mesas de assembleias de voto".
A missão de observação da CPLP, que chegou à Guiné-Bissau em 27 de maio, e cuja missão termina na quinta-feira, integrou 27 observadores, entre os quais, diplomatas e técnicos nomeados pelos Estados-membros, representantes da Assembleia Parlamentar da CPLP (AP-CPLP), indicados pelos parlamentos de Angola, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, e funcionários do Secretariado Executivo da CPLP.
Durante a sua estada na Guiné-Bissau, a missão manteve encontros institucionais, com o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e a ministra de Estado dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades, Suzi Barbosa.
Os observadores da CPLP acompanharam a fase final da campanha eleitoral, tendo estado presente em comícios realizados na cidade de Bissau, e promoveram encontros com diversos partidos políticos candidatos e com organizações da sociedade civil.
"A MOE da CPLP desdobrou-se em nove equipas, cobrindo o Sector Autónomo de Bissau (quatro equipas), Biombo, Cachéu, Oio, Bafatá e Gabú (com uma equipa cada), tendo observado 413 mesas de assembleia de voto, correspondentes a cerca de 130 mil eleitores inscritos, aproximadamente 15% do eleitorado, não tendo registado qualquer impedimento à sua actividade de observação", lê-se na declaração preliminar.
Quase 900 mil eleitores guineenses foram chamados domingo às urnas para escolher entre os candidatos apresentados por 20 partidos e duas coligações os próximos 102 deputados do país.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) deverá divulgar os resultados provisórios das eleições esta quarta-feira. (RM /NMinuto)
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