Está iminente a greve dos trabalhadores do sector público, na África do Sul
São quase oitocentos mil trabalhadores do estado que prometem sair á rua já na próxima semana.
Trata-se de servidores públicos agregados á Organização Democrática de Enfermagem; Sindicato dos Trabalhadores da Educação, Saúde e Afins; Sindicato dos Direitos Civis da Polícia e Prisões e Sindicato do pessoal de Saúde e outros serviços da África do Sul.
O posicionamento dos trabalhadores segue-se á ruptura das negociações, entre o governo sul-africano e os sindicatos, que decorriam no Conselho de coordenação do sector público.
Há dias, o Ministro sul-africano das Finanças anunciou um aumento salarial de três por cento, para a função pública, com efeitos retroactivos a partir do passado mês de Abril.
Os sindicatos do sector público rejeitam a oferta do executivo de Pretória e dizem que estão dispostos somente a aceitar qualquer aumento que esteja acima da actual taxa de inflação estimada em sete vírgula cinco por cento.
Na óptica dos trabalhadores, o único caminho que resta para pressionar o governo é a paralisação:
“Estamos prontos para mobilizar e para irmos á greve e mostrar ao governo que estamos dispostos para proteger e lutar pelos nossos direitos como trabalhadores…. Estamos prontos para assumir os cortes de salário durante a greve, porque já não estamos a ser pagos….. Estamos famintos…. Portanto para nós é mesma coisa a aplicação do principio de não pagamento devido a paralisação”, disseram alguns trabalhadores entrevistados.
Em Agosto último, a África do Sul testemunhou uma greve geral contra o custo de vida convocada pelo Congresso dos Sindicatos (COSATU) e pela Federação dos Sindicatos (SAFTU). (RM Pretória)
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