O Presidente do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa, anunciou, esta terça-feira, o recolher obrigatório nocturno e manteve a proibição de aglomerações em público com fins sociais, religiosos ou políticos, com o objectivo de combater a pandemia de covid-19.
"As nossas forças de segurança vão encarregar-se de fazer cumprir o recolher obrigatório imposto ao anoitecer e que dura até ao amanhecer", destacou o Chefe de Estado, que falava enquanto usava uma máscara de protecção.
Emmerson Mnangagwa acrescentou que as medidas entram na quarta-feira em vigor e irão durar "até que a situação melhore".
"A concentração de pessoas em espaço público com fins sociais, religiosos ou políticos continua proibida", realçou o Presidente do país, numa mensagem transmitida desde o palácio presidencial em Harare.
A oposição ao regime e os grupos de direitos humanos consideram, no entanto, que esta proibição de qualquer concentração de pessoas nas ruas tem como objectivo evitar que se realize, a 31 de Julho, uma manifestação anti-corrupção que exige a saída de Emmerson Mnangagwa do poder.
Na segunda-feira, a polícia local prendeu dois críticos do Governo, o jornalista Hopewell Chin'ono, muito envolvido em temas de corrupção, e o líder da oposição, Jacob Ngarivhume, ambos por alegadamente terem "incentivado à violência" através das redes sociais, chamando os zimbabweanos a protestarem.
Naquele país africano o total de infecções por covid-19 ascende aos 1.713, registando-se 26 mortos, segundo os dados divulgados esta terça-feira pelo Ministério da Saúde. (RM /Angop)
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