O governo moçambicano disse, esta terça-feira, que sete cidades do país vão registar inundações, na sequência da tempestade tropical severa "Filipo" e várias bacias hidrográficas vão ultrapassar o nível de alerta.
"Preveem-se ainda inundações urbanas nas cidades de Quelimane, Beira, Vilankulo, Maxixe, Xai-Xai, Maputo e Matola", afirmou o porta-voz do Conselho de Ministros, Filimão Suázi, na conferência de imprensa da sessão semanal do executivo moçambicano.
Filimão Suaze assinalou que 525.405 pessoas serão afectadas pela intempérie, mantendo um número que já tinha sido adiantado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INAM).
A tempestade tropical severa "Filipo" vai ainda afectar 870 escolas e 149 unidades de saúde da cidade de Maputo e das províncias de Maputo, Gaza, Inhambane e Sofala, avançou o porta-voz do Governo.
As bacias hidrográficas dos rios Licungo, na província de Sofala, e de Messalo, Montepuez e Megaruma, na província de Cabo Delgado, poderão registar ligeira oscilação de nível hidrométrico, com tendência a subir e acima do nível de alerta, declarou Filimão Suázi.
"As restantes bacias hidrográficas poderão registar oscilação e o seu nível de tendência vai baixar", acrescentou.
Filimão Suaze adiantou que as bacias hidrográficas dos rios Búzi, Púngue e Licungu, na província de Sofala, do rio Save, na província de Inhambane, e Limpopo, Incomáti e Umbelúzi, na província de Maputo, "poderão registar incremento no escoamento, registando cheias de risco moderado a alto".
Um total de 98.756 pessoas estão sem energia elétrica desde a manhã desta segunda-feira, devido à tempestade tropical severa "Filipo" que afecta o país, anunciou a empresa Eletricidade de Moçambique (EDM).
"[A tempestade] está a criar danos no sistema elétrico das regiões afectadas, com registo de situações de queda de postes, alagamento de equipamentos e rompimento de cabos elétricos", refere a EDM, num comunicado enviado à comunicação social.
O INAM confirmou hoje que a tempestade tropical severa "Filipo" entrou no continente pelo distrito de Inhassoro, província de Inhambane, seguindo para sudoeste, nomeadamente Maputo.
"Nas próximas 24 horas, o sistema continuará a deslocar-se progressivamente na direção sudoeste, podendo condicionar também o estado do tempo, caracterizado por chuvas muito fortes, vento máximo de 90 km/h e rajadas até 120 km/h", lê-se num aviso do INAM.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afectados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre Outubro e Abril. (RM)
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