A África Subsahariana, incluindo Moçambique, é o novo epicentro global do terrorismo e da violência extrema.
Este é o resultado de um estudo publicado, esta quinta-feira, nos Estados Unidos da América (EUA) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
No estudo denominado Jornada ao Extremismo na África: Caminhos para Recrutamento e Retirada, destaca-se que, apesar da redução de mortes por terrorismo, em todo o mundo, nos últimos cinco anos os ataques duplicaram, na África Subsahariana.
A publicação indica que metade das mortes devido a acções de terroristas ocorreu na região.
Mais de um terço foi registado na Somália, Burquina Faso, Níger e Mali.
Moçambique, revela a pesquisa, é um dos novos pontos de extremismo violento, que também se espalhou para outras partes do continente africano.
O PNUD ressalta que os ataques arrasam vidas, meios de subsistência, perspectivas de paz e desenvolvimento.
A vice Directora do PNUD para África, Noura Hmladji, disse, em Nova Iorque, que o raio de acção dos terroristas está a crescer de forma exponencial.
O estudo Jornada ao Extremismo na África: Caminhos para Recrutamento e Retirada, revela que as comunidades locais têm habilidade para recuperar da violência em todo o continente, através da prevenção e práticas inovadoras de construção paz.
O problema é a falta de atenção internacional ao quadro de incerteza causado pelas mudanças dramáticas na actividade extremista no Oriente Médio, no leste, no norte da África e na região Subsaariana, revela a pesquisa.
O desafio piora em meio à crescente crise climática, ao autoritarismo, à pandemia e guerra na Ucrânia, havendo necessidade de se apostar em novas ideias sobre as abordagens e mecanismos internacionais de financiamento ao contra-terrorismo. ( RM /Nova Yorque)
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