26 de Março de 2025
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Jornalistas africanos de trinte e um países, incluindo Moçambique, são chamados a melhorar a cobertura sobre a situação da dívida pública, de modo a minimizar as consequência negativas do endividamento.
O Fórum e Rede Africana sobre Dívida e Desenvolvimento (AFRODAD), na sigla inglesa, entende que uma cobertura jornalística eficaz pode fazer com que os governos africanos evitem endividamentos que podem retardar o desenvolvimento.
É nesta perspectiva que a AFRODAD, reúne, desde esta terça-feira, na cidade sul-africana de Joanesburgo, jornalistas representantes de 31 países africanos, incluindo Moçambique, num seminário subordinado ao tema “O papel da mídia na promoção da posição de África sobre a justiça reparativa”.
Segundo o director executivo da AFRODAD, Jason Braganza, os jornalistas devem dar o seu contributo no sentido de evitar que os governos contraiam dívidas com instituições não fiáveis e consequentemente cair na armadilha da dívida.
“Numa situação em que a maioria dos credores são entidades privadas não espere nenhum favor, o foco deles é lucrar. Não se importam se você conseguiu construir escolas ou prover água potável, por isso precisamos de dirigentes que compreendem a transformação económica e não apenas o crescimento económico”- disse.
Por seu turno, Jewel Kiriungi, oradora no evento, exortou aos jornalistas a humanizar as reportagens, como forma de espelhar o impacto do endividamento insustentável nas comunidades.
“Um dos elementos da dívida é que os governos são forçados a fazer cortes, isso significa que as pessoas perdem seus empregos, o custo de vida aumenta. Se uma mãe não consegue aceder serviços de saúde de qualidade por falta de investimento no sector, então, há sempre o mais impactado pela situação da dívida”.
A AFROMEDI 5 é uma iniciativa da AFRODAD que visa aprimorar o conhecimento dos jornalistas africanos para a cobertura sobre endividamentos públicos.
Dados partilhados no evento indicam que o continente africano enfrenta uma das suas piores crises da dívida pública que ameaça o desenvolvimento com esforços de alívio desta. (RM Johannesburg)
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