A Índia surge em 102.ª posição no ranking de países que mais fazem sequenciamento genético do vírus, o que permite identificar novas variantes.
Os especialistas em saúde pública não conseguem especificar qual é o peso das variantes no novo surto da pandemia na Índia, uma vez que o país está a investigar mutações do genoma em apenas 0,06% da média de 300 mil casos de infecção diários.
De acordo com o Washington Post, a Índia surge em 102.ª posição no ranking de países que mais fazem sequenciamento genético do vírus. A Islândia (78,8% dos casos sequenciados), a Austrália (60,3%) e a Nova Zelândia (48,5%) ocupam as três primeiras posições, respectivamente.
"Não sabemos nada. Toda a gente está com os olhos postos lá e à espera de dados", indicou um epidemiologista de um instituto de Boston.
Recorde-se que a OMS revelou, este mês, que está a trabalhar com a Índia e outros países para aumentar o sequenciamento genético no mundo e detectar e avaliar as variantes de interesse e as consideradas "preocupantes".
Na Índia, tem-se apontado o dedo às políticas de Narendra Modi, por permitir comícios eleitorais e festivais religiosos, e à complacência do público, que tinha a percepção - errada - de que a crise pandémica estava a aliviar.
A escalada de novos casos de infecções pelo novo coronavírus na Índia tem resultado, nos últimos dias, em novos recordes mundiais de contágios. Os especialistas indicam, porém, que estes números estão abaixo da realidade no país, por causa de subnotificação e de limites no processo de testagem.
A Índia registou um novo recorde mundial de contágios, com 379.257 casos nas últimas 24 horas. No mesmo período, o país contabilizou mais 3.645 mortes, um novo máximo no país. O país registou recordes diários em seis dos últimos sete dias. (RM /NMinuto)
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