O exército israelita confirmou hoje a morte de mais dois cidadãos raptados durante o ataque de 07 de outubro do Hamas e informou estar a "investigar todas as possibilidades" em relação a estas mortes.
Alex Danzig, de 76 anos, e Yagev Buchshtab, de 35, "não estão vivos" e os seus corpos "estão retidos pela organização terrorista Hamas" na Faixa de Gaza, indicou o exército, num comunicado publicado no seu 'site' oficial.
"A decisão de determinar a sua morte baseou-se em informações dos serviços secretos", segundo a mesma fonte, que referiu ainda que "as circunstâncias" destas mortes em cativeiro "estão a ser investigadas pelas autoridades profissionais", não excluindo, assim, ataques israelitas.
A informação divulgada hoje acrescenta que as Forças de Defesa de Israel "operam com uma grande variedade de métodos para recolher informações sobre os sequestrados e reféns em Gaza" e que o exército "continuará a acompanhar as famílias dos raptados".
O jornal diário israelita Haaretz indicou que Buchshtab foi raptado pelo grupo islamita palestiniano Hamas em Nirim, juntamente com a sua mulher, Rimon Kirsht Buchshtab, que foi libertada no final de novembro no âmbito de um acordo de tréguas então acordado. Já Alex Danzig foi raptado em Nir Oz.
O Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos, uma organização que luta pela libertação dos cidadãos detidos na Faixa de Gaza, tinha anunciado que dois reféns do Hamas tinham sido mortos no enclave palestiniano.
Estas duas mortes são uma "recordação da urgência" que existe na libertação dos reféns, declarou o fórum através de um comunicado.
A questão dos reféns tem sido um grande foco de tensão entre a sociedade israelita e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, com a realização regular de grandes manifestações e de apelos à demissão do governante.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Em represália, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já provocou mais de 39 mil mortos, de acordo com o Hamas, que controla o território desde 2007. (RM-NM)
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