A Força Aérea israelita retomou os ataques na Faixa de Gaza, ao início da madrugada desta quarta-feira, após o lançamento de balões incendiários na terça-feira desde o território palestiniano para o sul de Israel, revelaram forças de segurança.
Estes ataques e os balões incendiários são os primeiros grandes incidentes entre Israel e Gaza desde o cessar-fogo de 21 de maio, que terminou com 11 dias de uma guerra relâmpago que causou 260 mortos no lado palestiniano, incluindo crianças, adolescentes e combatentes, e 13 mortos em Israel, incluindo uma criança, uma adolescente e um soldado.
Segundo fontes das forças de segurança palestinianos, citadas pela agência AFP, a força aérea israelita teve como alvo pelo menos um local a leste de Khan Younès, uma cidade no sul da Faixa de Gaza, enclave de dois milhões de habitantes.
Também um fotografo da AFP, Khan Younes, presenciou os ataques.
Estes são os primeiros ataques israelitas contra este território palestiniano, que é controlado pelo Hamas e que está sob bloqueio de Israel, desde que o novo Governo de coligação chegou ao poder, retirando após 12 anos de governação, Benjamin Netanyahu.
O lançamento de balões incendiários causou cerca de 20 incêndios no sul de Israel, segundo os bombeiros locais, e surgiram como resposta ao desfile de milhares de ultranacionalistas israelitas.
A 'Marcha das Bandeiras' realizada hoje foi um teste para o recente e frágil Governo israelita e para o cessar-fogo precário em vigor.
Embora meios de comunicação social e analistas de segurança antecipassem que este desfile podia desencadear graves episódios de violência, este decorreu sem incidentes de maior, embora tenham ocorrido alguns episódios isolados, sobretudo de jovens palestinianos que se recusaram a obedecer à polícia.
Os incidentes causaram ferimentos leves em 33 palestinianos, devido à intervenção das forças de segurança israelita com balas de borracha, relatou o movimento Internacional Crescente Vermelho, citado pela agência EFE.
Um porta-voz da polícia israelita revelou que dois elementos policiais ficaram feridos durante os confrontos, nos quais jovens palestinos atiravam pedras contra a polícia, e foram efectuadas 17 detenções.
Este desfile que reivindica a soberania israelita sobre a Cidade Santa, já que celebra o que os israelitas consideram a reunificação da cidade em 1967, teve como resposta por parte dos palestinianos em Gaza o lançamento de balões incendiários.
Os Estados Unidos e a ONU pediram "contenção" antes deste desfile polémico que o novo Governo israelita, liderado por Naftali Bennett, autorizou, definindo a sua rota para evitar confrontos com os palestinianos.
O movimento Hamas tinha ameaçado Israel com represálias caso o desfile abrangesse bairros muçulmanos na Cidade Santa em particular. (RM /NMinuto)
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