O Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, disse hoje que "nada irá parar" a sua chegada à administração da Casa Branca e que a transição de poder está "bem encaminhada".
Falando aos jornalistas em Wilmington, Delaware, Joe Biden considerou que a atitude do Presidente em exercício, Donald Trump, em não reconhecer a derrota "em nada altera a dinâmica" do que está planeado para a transição no cargo.
O democrata afirmou ainda que não vê qualquer necessidade em apresentar uma acção legal para forçar Donald Trump a reconhecê-lo oficialmente como o 46.º Presidente dos Estados Unidos.
A tomada de posse está marcada para 20 de Janeiro, mas segundo a Associated Press, o processo formal de transição ainda não começou, porque estão ainda em curso acções legais interpostas por Trump a contestar os resultados eleitorais em alguns estados.
Enquanto Joe Biden não for declarado, administrativamente, vencedor das eleições presidenciais, a equipa dele não pode ter acesso nem a fundos federais nem às entidades oficiais para executar a dita "transição suave de poder", escreve a agência noticiosa.
Questionado hoje em Wilmington sobre o que diria hoje a Donald Trump, Biden respondeu: "Senhor Presidente, gostaria de falar consigo".
Estas declarações acontecem no dia em que o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, recusou reconhecer a vitória de Joe Biden e prometeu uma "transição pacífica" para um segundo mandato do Presidente em exercício, Donald Trump.
"Vamos contar todos os votos", disse Pompeo, durante uma conferência de imprensa, garantindo que os líderes de todo o mundo estão cientes de que se trata de um "processo legal", que "demora tempo", referindo-se às recontagens de votos e às queixas apresentadas pelos republicanos sobre os resultados eleitorais em vários estados.
Pompeo demonstrou estar em sintonia com a posição de Donald Trump, que tem utilizado a sua conta pessoal na rede social Twitter para dizer que venceu as eleições e que a candidatura de Joe Biden e os democratas estão a tentar reclamar vitória indevidamente, com recurso a "fraude eleitoral". (RM /NMinuto)
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