O Juiz Efigenio Baptista ordenou, esta sexta-feira, a retirada da sala das audições de dois advogados do réu Renato Matusse, por terem proferido palavras injuriosas ao Tribunal.
Trata-se dos advogados Salvador Kamati e Jaime Sunda, que se opuseram a audição do declarante Fanuel Paunde, no julgamento do caso das dívidas não declaradas.
Os dois Advogados, alegaram que Fanuel Paunde, não podia ser ouvido como declarante neste julgamento, por ter sido causídico do réu Renato Matusse a data dos factos.
Perante esta exposição o Juiz Efigénio Baptista explicou que a data dos factos, o declarante Fanuel Paunde não praticou nenhum acto como advogado do réu Renato Matusse, dai que não há impedimento para a sua audição.
O facto foi confirmado pelo próprio declarante Fanuel Paunde.
Mesmo depois desta explicação prevaleceu a posição dos dois Advogados, que se exaltaram prestando palavras injuriosas ao Tribunal.
O primeiro a ser ordenado para se retirar da sala das audições, foi o Advogado Salvador Kamati.
Minutos depois o advogado Jaime Sunda interrompeu o interrogatório do Ministério Publico, alegando haver inconsistências na audição do declarante Fanuel Paunde.
Na sequência o Juiz Efigénio Baptista mandou extrair cópias para a instauração de um processo-crime contra o advogado Salvador Kamati.
Fanuel Paunde foi ouvido neste Julgamento, por ter sido citado neste pelo réu Renato Matusse, como quem vendeu o imóvel por si adquirido à declarante Neusa Matos.
O imóvel foi, segundo o Ministério Público, adquirido com valores provenientes do grupo Privinvest.
Esta sexta-feira o Tribunal Judicial da cidade de Maputo procedeu também com a audição dos declarantes Carolina dos Reis e Nuno Mucavele.
Na sua audição o declarante Nuno Mucavele confirmou ter recebido avultadas somas de dinheiro em rands da firma sul-africana, a Jouberts Attorneys, a mando do amigo o réu Armando Ndambi Guebuza.
O referido valor, faz parte dos 700 mil dólares enviados pelo Grupo Privinvest à firma sul-africana, vocacionada a intermediação financeira.
Questionado pelo Ministério Público sobre o destino dado ao dinheiro recebido, o declarante Nuno Mucavele explicou que o valor foi aplicado no interesse do réu Armando Ndambi Guebuza. (RM)
Bem-vindo ao nosso Centro de Subscrição de Newsletters Informativos. Subscreva no formulário abaixo para receber as últimas notícias e actualizações da Rádio Moçambique.