O acordo de exportação de cereais está previsto terminar a 18 de Março, como foi inicialmente acordado pelas partes envolvidas - Rússia, Ucrânia, Organização das Nações Unidas (ONU) e Turquia, mas há, no entanto, a necessidade de o prolongar, já que sem este a crise alimentar global acentuar-se-á.
Representantes da ONU e do Kremlin vão reunir-se na próxima semana para discutir o prolongamento do acordo de exportação de cereais, de acordo com o que avança, esta quarta-feira, o jornal The Guardian.
Segundo a publicação britânica, Rebeca Grynspan e responsáveis do Kremlin vão encontrar-se em Genebra, na Suíça. O anúncio acontece no mesmo dia em que o secretário-geral da ONU, António Guterres, visitou Kyiv, onde se encontrou com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para falar sobre esta questão, que coloca em risco o fornecimento de toneladas de cereais para todo o mundo, prejudicando, de forma mais acentuada, os países em desenvolvimento.
"[Este encontro] é o próximo passo", disse o vice-porta-voz da organização humanitária, frisando que também seria visto "se mais alguma coisa é necessária". "O secretário-geral está a fazer tudo o que está ao seu alcance para remover obstáculos à exportação de fertilizante russo", garantiu Farhan Haq.
O acordo alcançado em Julho de 2022 entre Moscovo e Kyiv sobre a exportação de cereais está previsto terminar a 18 de Março, conforme inicialmente estabelecido entre os dois países, com o apoio e mediação da ONU e da Turquia.
A ONU estima que já foi alcançada em três portos ucranianos a exportação de 23 milhões de toneladas de mercadoria, com um fluxo praticamente constante de entradas e saídas de navios. Também Kyiv sublinhou que é necessário que este acordo continue a funcionar.
A visita de António Guterres na Ucrânia prolonga-se até quinta-feira. (RM/NMinuto)
Bem-vindo ao nosso Centro de Subscrição de Newsletters Informativos. Subscreva no formulário abaixo para receber as últimas notícias e actualizações da Rádio Moçambique.