Lazarus Chakwera toma medidas para recuperar a economia do país

O Presidente do Malawi, Lazarus Chakwera, anunciou uma série de medidas administrativas para a recuperação da economia do país, que está à beira de um colapso.

Perante uma grave crise de combustível que paralisou a economia do país, Chakwera anunciou a transição iminente do Sistema de Licitação Aberta, um mecanismo orientado pelo mercado para importação de combustível, para acordos de Governo para Governo, em inglês, conhecido por (G-to-G).

Esse pivô estratégico visa garantir suprimentos de combustíveis estáveis ​​e acessíveis sob termos de pagamento mais favoráveis.

Chakwera já constituiu um Comité de Coordenação de alto nível, composto por ministros e tecnocratas importantes, para agilizar essa transição.

Precisamos de um sistema que garanta acesso confiável ao combustível, declarou o chefe de estado malawiano num discurso à nação, ressaltando a urgência da questão.

Como primeiro passo, ele viajará para Abu Dhabi na próxima semana para negociar acordos com os Emirados Árabes Unidos, marcando o que pode ser um ponto de virada na segurança energética do Malawi.

Sobre o espectro da fome que paira sobre o país, com 5,7 milhões de cidadãos enfrentando insegurança alimentar devido a uma seca devastadora que prejudicou a produção de milho, Lazarus Chakwera detalhou um esforço de resposta hercúleo.

O estadista malawiano, anunciou o desenvolvimento de um Plano Nacional de Resposta ao El-Nino e esforços de lobby internacional e coordenação com parceiros globais para garantir ajuda alimentar.

Disse terem sido já mobilizados 92,6 milhões de dólares do Banco Mundial, 23 milhões de dólares do Banco Africano de Desenvolvimento e suprimentos de alimentos de países como Ucrânia e Índia.

No entanto, o país continua com 1,2 milhão de malawianos esperando pela ajuda alimentar.

Para garantir estabilidade fiscal a longo prazo, o presidente do Malawi deu a conhecer que nos próximos dias, o ministro das finanças e assuntos económicos, anunciará medidas de austeridade, para equilibrar as necessidades humanitárias imediatas com a disciplina económica. (RM)