O Presidente brasileiro, Lula da Silva, voltou, esta quarta-feira, a utilizar a palavra genocídio em relação à guerra na Palestina afirmando que o "genocídio na Faixa de Gaza afeta toda a humanidade".
Um genocídio na Faixa de Gaza afecta toda a humanidade, porque questiona o nosso próprio senso de humanidade", disse o chefe de Estado brasileiro, durante o seu discurso na sessão de encerramento da 46.ª Conferência da Comunidade do Caribe, em Georgetown, Guiana.
Tal ação, prosseguiu Lula da Silva "confirma uma vez mais a opção preferencial pelos gastos militares, em vez de investimentos no combate à fome na Palestina, na África, na América do Sul ou no Caribe".
Nesta matéria, o Presidente da maior economia sul-americana voltou mais a denunciar o facto que "guerras provocam destruição, sofrimento e mortes, sobretudo de civis inocentes".
"Uma guerra na distante Ucrânia afecta todo o planeta, porque encarece os preços dos alimentos e dos fertilizantes", frisou.
No dia anterior, em entrevista à RedeTV, Lula da Silva, manteve as suas palavras contras as ações de Israel em Gaza, semelhante ao que "aconteceu quando Hitler decidiu matar os judeus" e reforçou que "diria a mesma coisa".
"Eu diria a mesma coisa, porque é exactamente o que está acontecendo na Faixa de Gaza", porque "a gente não pode ser hipócrita de achar que uma morte é diferente da outra", frisou o Presidente brasileiro, reforçando ainda que não utilizou a palavra holocausto
"Holocausto foi interpretação do primeiro-ministro de Israel", disse, disparando: "Eu não esperava que o Governo de Israel fosse compreender, porque eu conheço o cidadão historicamente já há algum tempo. Eu sei o que ele pensa ideologicamente".
Lula da Silva, durante a viagem à Etiópia, onde participou na Cimeira da União Africana, em meados do mês, afirmou que "o que está acontecendo na Faixa Gaza não existe em nenhum outro momento histórico, aliás, existiu, quando Hitler resolveu matar os judeus".
Estas declarações desencadearam uma onda de confrontos diplomáticos entre os dois países e levaram o Estado de Israel a considerar o chefe de Estado brasileiro uma 'persona non grata'.
Durante a entrevista divulgada, esta quarta-feira, Lula da Silva frisou que o Brasil e o próprio condenaram de forma imediata "o gesto terrorista do Hamas".
"Mas eu não posso condenar o gesto terrorista do Hamas e ver o Estado de Israel através do seu exército e através do seu primeiro-ministro fazendo com inocentes da mesma barbaridade", sublinhou.
O chefe de Estado brasileiro deixou, ainda, um apelo a Benjamin Netanyahu para que "pare os tiroteios, que permita a chegada de alimentos, remédios, médicos, enfermeiros para que a gente tenha um corredor humanitário e tratar das pessoas" . RM /NMinuto)
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