Morreu, esta sexta-feira em Maputo, aos 76 anos de idade, vítima de doença, o poeta, escritor, declamador, jornalista e académico, Raúl Calane da Silva.
O secretário-geral da Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO), Carlos Roque, que confirmou a informação, disse que a obra de Calane da Silva constitui um legado da literatura moçambicana.
“A literatura e a cultura moçambicana estão de luto. Sabemos que nas últimas semanas Calane da Silva estava internado no Hospital da Polana- Caniço. É nesse Hospital que na tarde de hoje, a morte lhe chamou. Nesse sentido, a AEMO apresenta as sentidas condolências à família enlutada e assegura que a obra do poeta não morrerá, a obra do poeta constitui um legado da literatura e da cultura moçambicana”, disse.
De seu nome completo, Raul Alves Calane da Silva, coordenou a Gazeta Artes e Letras da Revista Tempo, em 1985. Trabalhou na delegação da Lusa em Maputo, na Televisão Experimental de Moçambique (TVE), 1987, no diário Notícias e ainda no semanário Domingo,
Leccionou na Escola de Jornalismo de Maputo, Escola Portuguesa de Moçambique e na Universidade Pedagógica (UP). Foi membro da direcção da Associação dos Escritores Moçambicanos e ocupou ainda o cargo de director do Centro Cultural Brasil - Moçambique.
Publicou várias obras literárias, nomeadamente em prosa e poesia, autor do “Xicandarinha na lenha do Mundo “ e dos “ Meninos da Malanga” entre outras obras, bem como trabalhos científicos na área em que tinha doutoramento - Linguística Portuguesa, no ramo de Lexicologia. ( RM)
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