O Presidente francês, Emmanuel Macron, excluiu hoje governar com o partido França Insubmissa (LFI, esquerda radical) após as eleições legislativas, apesar do apoio já manifestado pela coligação de esquerda Nova Frente Popular, para bloquear a extrema-direita.
"Retirar-se hoje para os eleitos de esquerda face à União Nacional [RN] não significa governar amanhã com a LFI", afirmou o chefe de Estado francês no Conselho de Ministros, segundo vários participantes citados pela agência France-Presse.
Numa mensagem publicada na rede social X, o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, insistiu que "não há nem nunca haverá uma aliança com a França Insubmissa".
"Retirar-se não é reunir-se, não é comprometer-se", acrescentou a porta-voz do governo, Prisca Thevenot, após o Conselho de Ministros.
"Lutar contra a União Nacional hoje não é o mesmo que aliar-se ao LFI amanhã", insistiu, referindo de passagem que poderia haver fracturas com as outras forças da Nova Frente Popular (comunistas, socialistas e ecologistas) na sequência das eleições.
"Consideramos que esta aliança eleitoral já se está a desmoronar no seio da esquerda? Penso que sim", afirmou. "Não podemos fazer do LFI o alfa e o ómega da esquerda em França", acrescentou.
A França realiza domingo, 07 de Julho, a segunda volta das eleições legislativas.
Na primeira volta, a União Nacional (Rassemblement Nationale, no original francês) foi o partido mais votado, com 33% dos votos, à frente da coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP, 28,5%) e dos centristas Juntos pela República, que integra o partido do Presidente Emmanuel Macron (22%). (RM-NM)
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