Três novos casos de Ébola foram confirmados na República Democrática do Congo (RDcongo) e dois na Guiné-Conacri nos últimos dias, elevando para 28 o total de casos e para 11 o de mortes provocadas pela doença nos dois países.
De acordo com os dados mais recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS), na segunda-feira foram confirmados três novos casos de Ébola na região sanitária de Butembo, Kivu Norte, na RDCongo.
Segundo a mesma fonte, os casos confirmados eram contactos do sexto caso que tinha sido notificado no país e estavam a ser seguidos.
Com esta notificação, são agora quatro as zonas do país com casos registados de Ébola: Biena, Butembo, Katwa e Musienene.
O total de casos confirmados é de 11, incluindo quatro mortes.
Na Guiné-Conacri foram notificados nos últimos dias dois novos doentes, elevando para 17 o número total de casos, incluindo sete mortes.
A Guiné-Conacri, que enfrenta o primeiro surto de Ébola em cinco anos, tem no terreno uma campanha de vacinação, tendo sido já imunizadas mais de 1.000 pessoas, entre doentes, contactos e seus contactos.
Os ministros da Saúde de seis países que fazem fronteira com a Guiné-Conacri estão hoje reunidos, na capital Conacri, para discutir os respectivos planos de resposta à epidemia de Ébola e evitar que alastre aos Estados vizinhos.
O Governo guineense confirmou a detecção do Ébola no seu território em 13 de Fevereiro e no dia seguinte declarou oficialmente o primeiro surto no país após a grande epidemia de 2014 e 2016 na África Ocidental.
Aquela que foi a pior epidemia de Ébola da história surgiu neste país em finais de 2013, foi declarada em 2014 e prolongou-se até 2016, matando 11.300 pessoas e infectando mais de 28.500 na Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa.
Outro surto de Ébola foi confirmado em 07 de Fevereiro no nordeste da República Democrática do Congo, onde as autoridades lançaram oficialmente uma campanha de vacinação contra a doença em 15 de Fevereiro.
O vírus Ébola é transmitido através do contacto directo com o sangue e fluidos corporais contaminados de pessoas ou animais.
Provoca febres hemorrágicas e pode atingir uma taxa de mortalidade de 90%. (RM /NMinuto)
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