Mais de 15 mil mineiros ilegais detidos pela polícia sul-africana

Mais de quinze mil mineiros ilegais foram detidos pela polícia sul-africana, desde o lançamento da operação de combate a mineração não autorizada, em Novembro do ano passado.

As detenções foram feitas nas províncias onde ocorre o fenómeno de mineração ilegal, nomeadamente Mpumalanga, Free State, Gauteng, Northen Cape, Limpopo e North West.

O comandante-geral da polícia sul-africana, o General Fannie Masemola, que revelou o facto, acrescentou que, neste período, foram apreendidas mais de quatrocentas armas de fogo de alto calibre, dez mil cartuchos de munições e diverso equipamento usado na mineração ilegal.

Masemola disse ainda que a operação VALA UMUGODI vai prosseguir até a neutralização dos mandantes desta actividade ilegal:

“Vamos continuar com esta luta contra a mineração ilegal e acredito que com a colaboração das comunidades vamos vencer esta luta. Voltamos a apelar a esta colaboração até porque muitos dos envolvidos nestas actividades quando falam connosco dizem que foram recrutados algures, com promessas de emprego no sector de construção. Quando chegam aqui, sob ameaças de armas de fogo, são introduzidos nas minas abandonadas para a fazer este trabalho ilegal. Se o que nos dizem for verdade, nos vamos seguir o rasto até encontrar os mandantes. Estamos convencidos que, com esta operação, chegaremos aos responsáveis. Por exemplo neste caso fomos informados, por estes que saem das minas, de  que os mandantes estão aqui fora, ” disse.

Em Novembro do ano passado, o Presidente Cyril Ramaphosa destacou três mil e trezentos militares para reforçarem os esforços de combate a mineração ilegal.

Muitos dos que são envolvidos nesta actividade são recrutados de países como Moçambique, Zimbabwe, Leostho e a própria África do Sul.

Neste momento, as atenções estão centradas em Stilfontein, na província de North West, e Sábie, em Mpumalanga, onde centenas de mineiros ilegais estão encurralados em minas abandonadas.

Estima-se que a mineração ilegal esteja a criar prejuízos na ordem de setenta bilhões de rands por ano.( RM Johanesburg)