No país, mais de 826 mil pessoas encontram-se deslocadas devido aos ataques terroristas no norte da província de Cabo Delgado.
Como resultado dos ataques terroristas, mais de duas mil pessoas morreram de 123 mil alunos estão fora das escolas, tendo forçado ao encerramento de 219 estabelecimentos de ensino.
Os dados foram partilhados, este domingo, pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, que falou igualmente do apoio militar estrangeiro para o teatro operacional norte.
Falando na comunicação à nação, que tinha como objectivo dar a conhecer a situação do terrorismo em Cabo delgado, Filipe Nyusi explicou que o país tem a prerrogativa de solicitar apoio de qualquer parceiro bilateral, fora da região da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).
“ No quadro do exercício da nossa soberania, solicitamos o apoio ao Ruanda pela sua experiência e disponibilidade imediata numa situação em que cada dia que passa, morrem mais moçambicanos inocentes e muitas famílias vivem de dor em Cabo Delgado e em Moçambique em geral. Portanto, com o apoio disponível presente, não nos daremos ao luxo de deixar vidas a se perder. Um contingente ruandês integrando uma componente militar e policial está no nosso país desde o dia 9 de Julho de 2021. Por outro lado, ao abrigo do acordo de cooperação que existe com o Ruanda, dessa há década de 1990, celebramos um memorando de entendimento com o governo da República do Ruanda sobre a cooperação do sector da Defesa e Segurança e o acordo relativo ao estatuto de Força de apoio no combate ao terrorismo em Moçambique. Portanto, as forças do Ruanda estão no nosso país, ao abrigo do acordo bilateral entre os nossos dois países no âmbito da segurança. A participação do Ruanda enquadra-se no princípio de solidariedade para uma causa nobre e comum, por isso, não tem preço, pois trata-se de salvar vidas humana e evitar a decapitação de pessoas em Cabo Delgado e a destruição de bens e infra-estruturas públicas e privadas, não apenas com intenções ou com estudos ”, disse.
O Presidente da República explicou que o mandato das forças estrangeiras é de ajudar as Forças de Defesa e Segurança a restaurar a segurança e tranquilidade e permitir a retoma da normalidade para consolidar a paz definitiva no país.
Filipe Nyusi disse que a acção dos terroristas causou danos também na área económica forçando a paralisação das actividades da multinacional TOTAL. Afectou igualmente 28 empresas fornecedoras de bens e serviços, suspendeu um investimento previsto de 116 milhões de dólares, interrompeu projectos de exploração mineira e deixou vulnerável a agricultura, em Cabo Delgado (RM)
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