Mais de dois mil corpos não reclamados pelos familiares continuam nas morgues estatais da África do Sul.
A informação foi prestada, esta terça-feira, pelo Ministro sul-africano da Saúde, Joe Phaahla, quando respondia a perguntas no Parlamento.
Sem entrar em detalhes, Phaahla disse que o maior número de corpos não reclamados encontra-se na província de Kwazulu-Natal, um das mais populosas da África do Sul.
O Ministro explicou que tem havido discussões contínuas com o serviço de patologia forense, os Municípios locais e a polícia sobre a situação.
Suspeita-se que a maior parte dos corpos não reclamados sejam de estrangeiros indocumentados.
A diretora dos serviços hospitalares, no Ministério sul-africano de Saúde, Relebohile Ncha, explicou que o processo de identificação dos corpos é demorado e que os não reclamados acabam sendo enterrados como indigentes:
“A principal razão é que as famílias não vêm reclamar os corpos dos seus entes queridos. Provavelmente alguns deles nem sabem que seus amados morreram e não têm a ideia de vir ver se estão nas nossas morgues. Do nosso lado o grande desafio é que quando recebemos os corpos verificamos que não possuem nenhuma forma de identificá-los. Quanto ao tempo que levamos, na verdade, pode ir de cerca de sete dias a cerca de um ano ou mais que os corpos permanecem nas morgues. A demora é porque o processo de identificação que estamos a tentar seguir, leva algum tempo pois temos de envolver a policia, que nos ajuda com as impressões digitais. Portanto, essa procura de identificação, antes dos corpos serem enterrados como indigentes, torna o processo ainda mais demorado”, disse.
No caso de estrangeiros, as autoridades de saúde exigem o passaporte, o certificado de requerente de asilo ou carta do país de origem, confirmando quem é o falecido e aquém os restos mortais devem ser entregues. (RM Johanesburg)
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