Estados-membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral acreditados no Malawi, apelam à comunidade internacional para o levantamento incondicional das sanções impostas ao Zimbabwe.
Numa declaração conjunta, Moçambique, África do Sul, Tanzânia, Zâmbia, Zimbabwe e Malawi, afirmam que os 23 anos de sanções impostas ao Zimbabwe, tiveram um impacto negativo no desenvolvimento económico daquele país e minaram o progresso na prossecução dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.
A Alta Comissária da Tanzânia, Agnes Kayola, que apresentou a declaração conjunta em nome dos seis países da SADC acreditados no Malawi, deu a conhecer que os Estados-membros da SADC, são solidários com o governo e o povo do Zimbabwe, por isso apelam à remoção incondicional e imediata das sanções ilegais e outras medidas impostas àquele país.
De acordo com a declaração, o apelo visa abrir caminho à transformação sócio-económica e desenvolvimento económico do Zimbabwe, sem qualquer impedimento.
O repto, segue à decisão 24 da 39ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da SADC, aprovada em Dar-es-Salaam, na Tanzânia, em Agosto de 2019, que também está em consonância com a Resolução da União Africana, para apoiar o Zimbabwe à medida que este embarca na revitalização da sua economia.
O Zimbabwe está sob sanções económicas desde o ano 2000, em resultado das reformas agrárias que o país introduziu, que se transformaram num impasse bilateral com o governo britânico.
Após negociações fracassadas entre as duas partes, o governo britânico influenciou outros países ocidentais a impor sanções ao Zimbabwe.
Actualmente, o país não recebe quaisquer fundos de desenvolvimento do FMI e do Banco Mundial.
O alto comissário-adjunto do Zimbabwe, no Malawi, Lovomore Matemera, disse ser necessário um maior envolvimento com os países que impuseram estas sanções, para reconsiderarem a sua decisão. ( RM Blantyre)
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