Cerca de seiscentos e oitenta mil trabalhadores poderão perder emprego até Março próximo no Malawi, em consequência da pandemia da covid-19 que afectou duramente a economia do país.
Este número representa um aumento em cerca de cem por cento, pois, só no primeiro semestre do ano passado, duzentos e setenta e três mil trabalhadores, perderam os seus postos de emprego, no país.
A situação é agravada pelo aumento do salário mínimo imposto pelo governo, a partir de 1 de Janeiro deste ano.
O salário mínimo em vigor no Malawi, é correspondente a cinco mil meticais contra os 3.500 meticais.
Segundo o director executivo da Associação Consultiva de Empregadores do Malawi, George Khaki, a redução da mão-de-obra é notória na indústria e turismo, sectores que mais se ressentem dos efeitos da pandemia.
Khaki explicou que pelo facto da nova variante do vírus ser mais contagiosa e letal, muitas empresas operam abaixo da sua capacidade, o que se reflecte na economia do país.
Por sua vez, o secretário-geral do Congresso de Sindicatos do Malawi, Dennis Kalekeni, admite que a redução da força de trabalho é inevitável neste momento da pandemia, acrescentando haver necessidade de adoptar se políticas exequíveis de protecção social para os trabalhadores.
O Banco de Reserva do Malawi introduziu através da banca comercial, moratórias no pagamento de juros aos seus clientes, uma medida de protecção que visa evitar o colapso.
Os efeitos da pandemia se fazem sentir até no sector da agricultura, onde dez mil produtores de algodão abandonaram a prática desta cultura devido a falta de financiamento.
Cerca de 98% do algodão do país é exportado para mercados internacionais, sobretudo a China e devido a Covid-19, os fomentadores desta cultura de rendimento viram-se forçados a abandonar o negócio.
O presidente da Associação de Agricultores de Algodão no Malawi, Dickson Gundani, descreveu a situação de preocupante, porquanto concorre para o aumento da pobreza no país. ( RM Blantyre)
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