No Malawi sobem de tom as vozes das confissões religiosas que se opõem à aprovação da lei que legaliza o aborto, em debate na Assembleia da República.
A Conferência episcopal, o Conselho das Igrejas, as Associações Evangélica e Islâmica entre outras organizações religiosas do Malawi não estão a favor da legalização do aborto no país, por considerar o acto de imoral e pecaminoso.
Os religiosos que se socorrem de uma passagem bíblia, segundo a qual: “Antes de te formares no ventre eu já tinha-te escolhido”, pedem a todos actores da sociedade e aos deputados para não contrariar a lei de Deus que considera a vida, como sagrada.
As confissões religiosas apelam mesmo a uma manifestação popular na sede do parlamento, para impedir a aprovação da referida lei.
Quem também apoia a posição destas organizações religiosas são algumas mulheres deputadas e parte das organizações da sociedade civil.
Contra a corrente que se opõe à legalização do aborto, a Rede Religiosa para a Escolha juntamente com as autoridades tradicionais, a comissão parlamentar da saúde e outras organizações civis dentre nacionais e estrangeiras defendem a aprovação da lei.
Os defensores da legalização do aborto, argumentam que as mulheres teriam oportunidade de recorrer à interrupção da gravidez em certas circunstâncias, sem no entanto colocar em risco as suas próprias vidas, através de métodos não recomendados.
No Malawi, a avaliação estratégica do aborto inseguro, revela que cento e quarenta e uma mil mulheres praticam anualmente o aborto inseguro.
A proposta de lei de aborto no Malawi é da iniciativa de algumas organizações da sociedade civil. A primeira tentativa de legalização foi ensaiada em 2016, tendo sido chumbada pelo parlamento, por força das contestações dos líderes religiosos que organizaram marchas em todo o país. ( RM Blantyre)
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