O Conselho Cristão do Malawi alerta ao governo de Lilongwe que a reclusão de crianças, na sequência da operação de retorno dos refugiados ao campo de Dzaleka, é violação dos direitos da criança, cujas consequências poderão ser graves para o país.
Para aquela organização religiosa, a violação de direitos humanos tem sido catalisadora de conflitos.
Espancamento, desapropriação de propriedades de refugiados de Burundi e Ruanda, submissão de crianças à reclusão, são alguns casos graves reportados no processo de retirada compulsiva dos refugiados e requerentes de asilo para o campo de Dzaleka, uma operação que envolveu agentes da polícia.
A Comissão de Direitos Humanos do Malawi já está a investigar os aludidos casos para apurar a sua veracidade e promete divulgar um relatório dentro de dias.
Durante a operação, crianças de pais refugiados viram-se forçadas a abandonar os exames finais nas escolas, para se juntarem aos seus progenitores.
Por conta destes atropelos, o Conselho cristão do Malawi aconselha o governo a realizar esta campanha, respeitando os direitos humanos e da criança.
Os Estados Unidos da América, opõem-se também à campanha de retorno de refugiados ao campo de Dzaleka, lançando duras críticas ao governo de Lilongwe, por estar a violar os direitos humanos e das crianças.
O embaixador dos EUA no Malawi, David Young, afirmou ser incompreensível que Malawi esteja a encarcerar crianças na companhia dos país, alegando estarem a viver fora do campo de Dzaleka, porquanto tal decisão não vai resolver o contrabando, nem os problemas de segurança nas fronteiras.
Apelou para o respeito das leis internacionais que salvaguardam os direitos dos refugiados e requerentes de asilo.
Confrontado com os factos, o ministro da informação e digitalização, Moses Kunkuyu, disse que o governo está a agir dentro da legalidade. (RM Blantyre)
Bem-vindo ao nosso Centro de Subscrição de Newsletters Informativos. Subscreva no formulário abaixo para receber as últimas notícias e actualizações da Rádio Moçambique.