Cristãos e muçulmanos em pé de guerra no Malawi, tudo gira em torno do uso do hijab nas escolas católicas e anglicanas.
A situação está cada vez mais tensa. Na madrugada desta quarta-feira, um grupo de muçulmanos ateou fogo sobre uma escola católica no distrito de Machinga, em reivindicação da proibição do uso do lenço religioso pelas alunas que professam o Islão.
O fogo reduziu a cinza, o gabinete do director da escola por sinal um padre católico, acusado de ser promotor da proibição do uso do lenço religioso, que dá dignidade, identidade e religiosidade às mulheres muçulmanas.
Os católicos e anglicanos afirmam que não vão alterar os princípios instituídos nas suas escolas, para acomodar interesses de um grupo.
"Se os muçulmanos quiserem frequentar escolas cristãs devem-se sujeitar às regras da casa", sublinharam.
Os anglicanos apelaram aos muçulmanos a construírem escolas próprias, onde poderão impor livremente a sua doutrina.
Devido a crescente onda de violência gerada por esta imposição muçulmana, no Malawi, os anglicanos ameaçam encerrar as suas escolas.
O presidente do Malawi Lazarus Chakwera viu se obrigado a intervir esta quarta-feira, para serenar os ânimos.
Esta não é a primeira vez que muçulmanos e cristãos entram em conflito no Malawi.
Desde o ano passado a esta parte, várias igrejas e escolas de Mangochi e Balaka pertencentes aos católicos e anglicanos foram destruídas por muçulmanos.
Cerca de cinquenta por cento das escolas no Malawi pertencem ao sector privado, com as igrejas católica e anglicana a ocuparem o lugar de destaque.
Se os católicos e anglicanos decidirem fechar as suas escolas, o sistema de educação no Malawi pode entrar colapso, pois, maior número de crianças não terá acesso à educação. ( RM Blantyre)
Bem-vindo ao nosso Centro de Subscrição de Newsletters Informativos. Subscreva no formulário abaixo para receber as últimas notícias e actualizações da Rádio Moçambique.