Uma delegação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) da África Austral, está no Malawi com a missão de discutir com o governo de Lilongwe sobre a alegada perseguição sujeita aos refugiados e requerentes de asilo.
É objectivo da delegação, identificar junto do governo, melhores formas de tratamento dos refugiados e requerentes de asilo que estão no Malawi.
A delegação que já se encontrou com o ministro da segurança interna, Ken Zikhale Ng'oma e agências governamentais, vai igualmente se reunir com o presidente da república Lazurus Chakwera.
Nos dois encontros havidos, as partes acordaram três soluções possíveis, das quais, a repatriação, integração local e reassentamento.
No que tange ao repatriamento, o primeiro grupo de 44 ruandeses que manifestou vontade de regressar voluntariamente à terra natal, será repatriado próxima quarta-feira, e documentos de viagem já foram emitidos pelo governo do Malawi.
O director regional para a África Austral, Valentin Tapsoba, disse terem chegado à conclusão de que as três partes deverão trabalhar em estreita coordenação para que o processo de retorno dos refugiados ao campo de Dzaleka seja feito seguindo as normas pré-estabelecidas.
Uma delas, será a abertura de um novo acampamento no distrito de Chitipa, com maior capacidade para acolher os refugiados e requerentes de asilo, atendendo que o actual de Dzaleka está acima das suas capacidades.
Tapsoba disse que vai apresentar a proposta à comunidade de doadores para o financiamento das obras do novo acampamento.
O novo campo vai reduzir o congestionamento em Dzaleka, que briga mais de 50.000 pessoas, contra a capacidade instalada de 10.000 refugiados.
O ministro da segurança interna, Ken Zikhale Ng'oma, disse que a decisão do ACNUR surge depois de ter sido provado que o governo do Malawi não está a cometer violação quanto ao plasmado na convenção de Genebra. (RM Blantyre)
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