Malawi desqualificado do fundo financeiro pandémico

Malawi desqualificado do fundo pandémico, um mecanismo de financiamento multilateral dedicado a fornecer subsídios plurianuais para países de baixa e média renda, recentemente lançado pelo Banco Mundial.

O fundo pandémico sediado no  Banco Mundial com liderança técnica da Organização Mundial da Saúde, visa aumentar a resiliência a futuras pandemias para os países, cujos projectos seleccionados receberão financiamento para fortalecer o alerta precoce, a vigilância de doenças, os sistemas laboratoriais e a força de trabalho em saúde.

Malawi, foi das 133 nações que enviaram candidaturas em Maio deste ano, para aceder ao Fundo Pandémico de 338 milhões de dólares, com vista a responder a diversos desafios que assombram o sector da saúde.

Em África, os cinco beneficiários são Togo, Burkina Faso, Cabo Verde, República Popular Democrática da Etiópia e Zâmbia.

O secretário do ministério da Saúde, Samson Mndolo, confirmou a rejeição da candidatura do Malawi, tendo descrito como lamentável, considerando as diversas pandemias e desastres pelos quais o país passou ao longo dos anos.

Lamentação igual, veio do presidente da coligação de Cobertura Universal de Saúde no Malawi, George Jobe, que segundo suas palavras, tendo em conta as várias pandemias, como Covid-19, cólera e outros desastres naturais, o país merecia consideração.

Outra defensora dos direitos à saúde, Maziko Matemba, que também é directora-executiva do Programa de Educação em Saúde e Direitos, disse que a rejeição é motivo de preocupação, atendendo a vulnerabilidade do país.

Entretanto, o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos de Moçambique, Carlos Mesquita, trabalha no Malawi desde esta quinta-feira.

Durante dois dias, Mesquita irá visitar a Barragem Kumuzu em Liwonde, bem como, assinar um memorando de entendimento com a contraparte malawiana, sobre as regras e procedimentos de funcionamento da comissão conjunta de águas, Moçambique-Malawi. (RM Blantyre)