No Malawi, parceiros de desenvolvimento, organizações da sociedade civil , receiam que que as eleições gerais deste ano, sejam as mais violentas do país, a medir pelo actual cenário de intolerância política entre apoiantes de vários partidos políticos.
Num contexto de violência que caracterizou o período pós eleitoral em 2019, em contestação aos resultados eleitorais, Malawi já vive momentos tensos quando faltam ainda cerca de seis meses antes do escrutínio de 16 de Setembro próximo.
Actualmente, o país está a ser abalado por protestos em massa contra o elevado custo de vida entre outras inquietações.
Não menos preocupante é o facto de os manifestantes, serem brutalmente atacados por indivíduos munidos de catanas e machados, que impedem o prosseguimento de protestos nas ruas.
O último ataque, foi contra funcionários públicos na cidade de Lilongwe, que na semana passada, saíram à rua em reivindicação ao aumento salarial.
Há registo de vandalização de veículos de deputados do DPP em Lilongwe, ataque de viaturas do MCP em Machinga, acto de despir mulheres com trajes do MCP em Blantyre, apedrejamento da comitiva do presidente do partido Aford em Lilongwe, e o espancamento de apoiantes do DPP em Dowa entre várias outras cenas de violência.
Peter Mutharika presidente do DPP, já veio a público afirmar que não vai admitir fraude nas próximas eleições, caso contrário as consequências serão graves.
Face a estes acontecimentos e às manifestações quase semanais, uma reunião de alto nível envolvendo parceiros de desenvolvimento, agentes eleitorais e oficiais da Força de Defesa e Segurança do Malawi foi convocada de emergência.
A encarregada de negócios da embaixada dos EUA, Amy Diaz, disse que o encontro serviu para delinear estratégias que possam garantir que o Malawi tenha eleições pacíficas.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), forneceu ao Serviço de Polícia do Malawi equipamentos forenses e de tecnologia de informação e comunicação para impulsionar suas operações antes das eleições gerais deste ano.
O Comissário da Polícia para área de pesquisa e planeamento, Dennis Chipawo, disse que os pontos críticos de violência já foram mapeados e, com este equipamento, será fácil responder prontamente a qualquer incidente de intolerância política.
Já a National Initiative for Civic Education, Trust equipou 40 voluntários do Distrito de Dedza com habilidades para prevenir a violência contra mulheres, jovens e pessoas com deficiência antes do escrutínio deste ano.
Mais de 20 partidos políticos poderão concorrer para às eleições gerais de 16 de Setembro próximo. (RM Blantyre)
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