Malawi está entre os 53 países que poderão ser atingidos severamente pela seca na presente campanha agrícola, devido ao efeito de El-Niño.
Na África Subsaariana, o El-Niño poderá afectar o Malawi, Zâmbia e Zimbabwe, impactando negativamente na produção de cereais.
O Sistema Global de Informação e Alerta Prévio da Organização para Alimentação e Agricultura, FAO, afirma que a seca severa, vai agudizar a instabilidade económica, os níveis insustentáveis de dívida e a escassez de divisas, o que vai contribuir para altas taxas de inflação.
A instabilidade económica representa desafios para os países aumentarem as suas importações necessárias.
Para o Malawi, a FAO desenvolveu procedimentos padrão de ação antecipada, que serão seguidos na maioria dos países em risco de serem afetados pelo El Niño em 2023/24, onde a segurança alimentar é uma grande preocupação.
A FAO também está pronta para implementar intervenções agrícolas e de subsistência, em coordenação com governos e parceiros humanitários, caso a previsão do El Niño se materialize.
Como solução, sugere a distribuição antecipada de ferramentas agrícolas e sementes de variedades de culturas tolerantes à seca e o fornecimento de sementes e apoio à saúde animal.
A reabilitação de sistemas de irrigação, canais e outros pontos de água, promoção do desenvolvimento de capacidades e apoio aos agricultores em técnicas de captação de água, desenvolver a capacidade dos agricultores e fornecer suporte na gestão e processamento pós-colheita, são algumas acções em vista para minimizar o drama.
O Malawi foi recentemente atingido pelo ciclone Freddy, que causou enchentes e deslizamentos de terra que danificaram linhas de energia, estradas, fazendas e mataram gado, além de interromper o abastecimento de água e os serviços de telecomunicações.
De acordo com os dados disponíveis, o ciclone destruiu 204 833 hectares de culturas, nomeadamente milho, feijões, tabaco e mapira. ( RM Blantyre)
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