Malawi, entre os países com elevado risco de fome devido aos efeitos climáticos

Malawi entre os países com elevado risco de fome devido aos efeitos combinados do clima, que afectaram negativamente a colheita, deixando cerca de nove milhões de pessoas em insegurança alimentar.

Esta informação segue-se ao alerta emitido pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura FAO, sobre uma iminente fome global.

O director geral da FAO, Qu Dongyu sugeriu um fortalecimento na resiliência e sustentabilidade dos sistemas agroa-alimentares para evitar que 600 milhões de pessoas à nível global mergulhem na subnutrição até 2030.

Recomendou igualmente para que as políticas agrícolas sejam concentradas em pequenos agricultores e pessoas vulneráveis, investir em infra-estruturas rurais, para melhorar o acesso aos mercados agrícolas.

No Malawi, 23 dos 28 distritos do país, foram declarados em estado de calamidade em Março deste ano, devido ao fenómeno El Ninõ que afectou a presente safra.

Neste momento, o Programa Mundial de Alimentação já arrecadou cerca de vinte milhões de dólares para prestar assistência em víveres a 2,1 milhões de famílias do Malawi que continuam a enfrentar a falta de comida.

O vice-director geral do PMA no Malawi, Simon Denhere, deu a conhecer que além de ajuda alimentar, o valor será canalizado via transferências monetárias às famílias em necessidade alimentar.

O Malawi, continua a enfrentar inúmeros desafios alimentares, face aos fenómenos climáticos que continuam a assombrar o crescimento económico do país. (RM Blantyre)