Governo do Malawi em braço de ferro com os fornecedores de combustível do país, que estão a relegar o porto da Beira e Nacala em Moçambique, apostando em Dar-Es-Salaam na Tanzânia.
O governo do Malawi, exige que 50 por cento das importações de combustível do país, sejam feitas através do porto da Beira e 20 % de Nacala, ambos portos de Moçambique, e apenas 30 por cento sejam importados a partir do porto de Dar-es-Salaam, na Tanzânia.
O executivo de Lilongwe, justifica o posicionamento pelo facto de, Blantyre localizar-se apenas à 786 quilómetros do porto da Beira e Lilongwe à 938 km.
O porto de Nacala, está à 1. 159 km de Lilongwe e 1. 074 km da cidade de Blantyre.
Estas distâncias são tidas como viáveis, pois o porto de Dar-es-Salaam na Tanzânia, dista à 1.883 km de de Blantyre e 1.576 km de Lilongwe.
Mas, os fornecedores de combustível ao Malawi, preferem importar combustível através do porto de Dar-es-Salaam, alegando ineficiências no porto da Beira que tornam os produtos petrolíferos mais caros.
Uma das ineficiências apontadas é o congestionamento que se verifica no porto da Beira, que aumenta o custo da logística.
Relativamente à Nacala, aponta-se a capacidade limitada de armazenamento, sendo a Petromoc, a única empresa confiável.
O gerente regional de suprimentos e planeamento da empresa Lake Oil, Kelvin Kasula, um dos fornecedores de combustível ao Malawi, afirma ser mais fácil obter o combustível em Dar-es-Salaam do que na Beira, porque na Tanzânia os preços são previsíveis e mais baixos, o que economicamente é mais viável para o Malawi.
Mesmo com estas alegações, o governo de Lazarus Chakwera, exige que 70% dos produtos petrolíferos sejam importados a partir da Beira e Nacala para flexibilizar a cadeia logística da chegada do produto ao país e evitar a rotura de stock de combustível, tal como se nota nos últimos dias.
Uma delegação de alto nível do Malawi, deslocou-se até à cidade da Beira, onde manteve um encontro com os homólogos moçambicanos para priorizar o Malawi no desalfandegamento dos seus produtos e aliviar a logística de transporte dos seus fornecedores.
Malawi, está a enfrentar uma crise recorrente de combustível, devido a escassez de divisas. (RM Blantyre)
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