Fornecedores de combustível ao Malawi, cedem a pressão do governo e voltam a apostar nos portos da Beira e Nacala para importação de petróleos.
Há sensivelmente duas semanas, que o governo do Malawi estava em braço de ferro com os fornecedores de combustível ao país, que apostavam no porto de Dar-Es-Salam na Tanzânia, em detrimento de Moçambique.
Eles, alegavam o congestionamento que se verificava no Porto da Beira, o que encarecia a logística e a insuficiência de reservatórios no Porto de Nacala como motivos que forçavam a opção por Tanzânia.
Uma delegação de alto nível do Malawi, deslocou-se à Moçambique para, discutir vários acordos de cooperação com a Petromoc, Mozambique Zimbabwe Pipeline Company, Concord, Autoridade dos Portos de Moçambique e Alfândegas.
Os encontros mantidos resultaram na cedência de um espaço ao Malawi em Nacala para a construção de um porto seco, que irá facilitar e flexibilizar a logística dos produtos com destino à Malawi, principalmente combustível e fertilizantes.
Na sequência da decisão do executivo malawiano que impõe que 70% dos produtos petrolíferos devem ser importados a partir de Moçambique, 1,1 milhão de litros de gasóleo chegaram esta terça-feira, à cidade de Blantyre via ferroviária a partir do Porto de Nacala.
Igualmente, 1 milhão de litros de gasolina estão a ser transportados para o país via rodoviária a partir do Porto da Beira.
Espera-se que até ao fim desta semana, entre para o Malawi 19,4 milhões de litros de combustível a partir dos portos moçambicanos da Beira e Nacala.
Nos últimos dois anos, Malawi tem sofrido uma aguda escassez de moeda estrangeira, devido a desequilíbrios de oferta e demanda no mercado de divisas doméstico, evidenciado pelo declínio das reservas oficiais de câmbio e aumento do spread das taxas no mercado.
O Malawi requer 3 biliões de dólares por ano, para atender aos requisitos de importação, contra os cerca de 1 bilião de dólares que o país produz. (RM Blantyre)
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