Malawi. Governo vai repatriar 400 cidadãos com ligações ao genocídio de Ruanda e outros crime

Governo do Malawi, vai repatriar este ano 400 cidadãos, com ligações ao genocídio de Ruanda e outros antecedentes criminais no Burundi.

São cidadãos requerentes de asilo e durante a governação da Presidente Joice Banda, entre os anos 2012 e 2014, adquiriram fraudulentamente a nacionalidade malawiana.

Uma primeira acção tomada pelo Ministério da segurança interna do Malawi, foi anular a nacionalidade adquirida pelos 400 cidadãos para depois repatriá-los.

A acção, segundo o ministro da segurança interna, surge em cumprimento de uma ordem judicial para invalidação de documentos de todos àqueles que obtiveram passaportes e nacionalidade malawiana durante o período em que Uladi Mussa, exerceu as funções de ministro da Segurança Interna.

Foi em Outubro de 2020, que o Tribunal Superior condenou Uladi Mussa, antigo ministro do interior por seis anos, depois de ser considerado culpado na emissão ilegal de passaportes e autorização de nacionalidade malawiana à estrangeiros.

Uladi Mussa foi ministro da Segurança Interna durante os dois anos de governação da Presidente Joyce Banda, entre Abril de 2012 e Maio de 2014.

O actual ministro da segurança interna do Malawi, Ken Zikhale Ng'oma, diz que há mais de 40 generais com ligações criminosas em seus países, escondidos no Malawi, depois da falsificação de identidade e aquisição de nacionalidade malawiana.

Ng´oma indicou ainda que 55 nomes implicados no genocídio de Ruanda estão no Malawi e trabalhos estão em curso para a sua identificação, detenção e repatriamento.

Recentemente, o governo da África do Sul prendeu um mentor do genocídio ruandês, de nome Fulgence Kayishema, que na altura da sua neutralização, foi encontrado com passaporte e identidade malawiana.

No âmbito da operação de retorno para campo de refugiados de Dzaleka, o governo do Malawi conseguiu mobilizar 1.778 refugiados e requerentes de asilo.

O ministro da segurança interna anunciou que todo àquele refugiado que for a abandonar o campo de Dzaleka para os centros urbanos, será considerado criminoso por quebra da segurança nacional. ( RM Blantyre)