A Hidroeléctrica de Kapichira, no distrito de Chikwawa no Malawi, volta a funcionar, 14 meses depois de ser destruída pelo ciclone tropical Ana, que fustigou o país ano passado.
A Egenco, empresa geradora de electricidade no Malawi, accionou, esta quinta-feira, uma das turbinas, que já está a gerar 32,4 megawatts de energia eléctrica, faltando outras três que irão perfazer 97 megawatts.
Num investimento de 60 milhões de dólares, fundos do Banco Mundial, os trabalhos consistiram na modernização da usina hidroeléctrica, recomposição das comportas e diques nas encostas da barragem, com vista a aumentar a resiliência da infra-estrutura à futuras calamidades.
Com esta reposição, Malawi poderá melhorar o abastecimento de energia eléctrica, que era feito de forma condicionada, oito horas por dia.
Entretanto, as restrições poderão levar o seu tempo, pois segundo o presidente do Conselho de Administração da ESCOM, empresa distribuidora de energia eléctrica, Kamkwamba Kumwenda, a rede de distribuição sofreu bastante com o recente ciclone Freddy.
A empresa precisa de 30 milhões de dólares para restaurar toda a sua infra-estrutura danificada e criar um sistema mais resiliente.
Kumwenda explicou que a falta de comunicação rodoviária com os distritos de Mulanje e Phalombe torna difícil fazer o levantamento dos estragos e das necessidades para a reposição da linha de energia.
E porque maior parte dos postes foi derrubada e arrastada pela fúria das águas, o PCA da ESCOM revelou que será preciso desenhar um novo traçado mais resiliente às mudanças climáticas.
“Precisamos contratar engenheiros para redesenhar tudo porque não queremos apenas restaurar temporariamente, mas construir uma linha duradoura e para tal poderemos precisar no máximo seis meses para restaurar toda a infra-estrutura danificada”, disse Kumwenda. ( RM Blantyre)
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