Instituto de Comunicação Social da África Austral, MISA Malawi, denuncia alegada perseguição e detenção arbitrária de jornalistas, pela polícia.
Depois de ter confiscado telemóveis e computadores portáteis de 8 jornalistas do MBC, Rádio e Televisão estatal do Malawi, por alegada difusão de notícias falsas por via das redes sociais em Fevereiro deste ano, eis que esta terça-feira, a divisão de crimes cibernéticos, prendeu Macmillan Mhone, jornalista do “The Nation”, um jornal impresso.
Mhone, segundo o seu advogado Sylvester James, enfrenta três acusações: a de spam cibernético, extorsão e publicação de notícias falsas, algo que tem a ver com uma reportagem posta a circular ano passado, quando prestava serviço para a publicação online Malawi24.
Na reportagem, o jornalista abordava uma história de corrupção envolvendo Abdul Karim Batatawala, um magnata que enfrenta várias acusações de corrupção e fraude.
O artigo jornalístico detalha como Batatawala, empresário impedido pelo tribunal de fazer negócios com o estado, teria supostamente criado uma outra rede de empresas em nome do genro para continuar a ganhar concursos públicos, com a polícia, como um dos beneficiários.
A polícia informou que a detenção do jornalista em causa, foi movida por uma queixa apresentada pelo empresário visado.
O repórter, foi detido em Blantyre e transferido imediatamente para Lilongwe.
Face a situação, o MISA Malawi condenou o tratamento que a polícia dispensa à media, tendo apelado à sua libertação incondicional, por representar uma flagrante violação à liberdade de imprensa.
Em declarações separadas, o comentador de governação, Undule Mwakasungula e o presidente da Coligação de Defensores dos Direitos Humanos, Gift Trapence, disseram que a detenção tem implicações negativas nos compromissos do Malawi com a liberdade dos meios de comunicação social e direitos humanos. (RM Blantyre)
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