Malawi: Movimento de Solidariedade à Palestina

Movimento de Solidariedade à Palestina, pede ao governo do Malawi para romper os laços com Israel e apoiar o direito do povo palestino à liberdade e ao estatuto de Estado.

Numa carta dirigida ao presidente Lazarus Chakwera e as representações diplomáticas dos Estados Unidos da América, Índia, África do Sul e Alemanha, entre outros, o movimento de solidariedade à Palestina, afirma que o florescimento das relações entre Malawi e Israel, não podem ser aplaudidas pela sociedade.

O coordenador do Movimento de Solidariedade à Palestina, Asabuni Phiri, considera que a posição do Malawi, pode traduzir uma ligação  ao grupo de países que apoia abertamente as acções belicistas de Israel.

 “Defendemos o corte dos laços económicos, políticos e diplomáticos com Israel e a condenação das suas acções” lê-se na carta dirigida ao chefe do estado malawiano e à algumas representações diplomáticas acreditadas no país.

O apelo surge um mês depois de, o Malawi ter aberto oficialmente a sua embaixada em Tel Aviv, Israel, e posterior assinatura de um acordo de envio de 3 000 jovens para trabalharem em explorações agrícolas daquele país.

Asabuni Phiri disse que o movimento entende que o Malawi pode muito bem enviar jovens àquele país do médio oriente, sem que esta acção seja traduzida em troca de beneficíos para apoiar as acções belicistas de Israel.

O secretário principal do ministério das Relações Exteriores do Malawi, Bernard Sande, disse que não tinha ainda acesso à carta, facto que condicionou o seu comentário.

Recentemente, grupos de direitos civis no país, condenaram o governo de Lilongwe por ter optado pela abstenção na votação para um cessar-fogo na cidade palestina de Gaza.

A votação sobre a protecção dos civis, especialmente mulheres e crianças, e a defesa das obrigações legais e humanitárias em Gaza teve lugar no Conselho de Segurança das Nações Unidas

Desde Outubro do ano passado, o conflito entre Israel e o Hamas tirou a vida a mais de 34 000 pessoas na Palestina, na sua maioria mulheres e crianças. (RM Blantyre)