Padre católico condenado a trinta anos de prisão, após o tribunal superior de Blantyre ter provado o seu envolvimento no assassinato de uma pessoa com problemas de pigmentação da pele, em 2018.
O padre Thomas Muhosha, que pertencia a arquidiocese de Blantyre, e Chikondi Chileka um oficial da polícia malawiana, foram os mandantes do crime de assassinato de MacDonald Masambuka, com albinismo.
A juíza Dorothy Nyakaunda Kamanga, condenou igualmente Cassim Masambuka, por sinal o irmão mais velho do finado a pena de prisão perpétua e a trabalhos forçados.
O clínico Lumbani Kamanga vai cumprir 60 anos de prisão.
Foram no total seis pessoas condenadas por cometimento deste crime macabro.
De acordo com a sentença, o irmão do finado, o atraiu para conhecer uma garota e chegados ao local, agrediram-no até perder a vida.
Esquartejaram o corpo, extraíram os membros superiores e inferiores e de seguida, queimaram o resto do corpo, com recurso a gasóleo.
Pilirani Masanjala, do ministério público, afirmou-se conformado com a sentença, pois isso desencoraja a prática de crimes hediondos.
O advogado dos condenados, Masauko Chamkakala, não deu muitos detalhes sobre o caso, tendo afirmado que iria ouvir a posição dos seus clientes sobre o caminho a seguir.
O representante da associação das pessoas com albinismo no Malawi, William Masapi e Boniface Chibwana, coordenador nacional da Comissão Católica para Justiça e Paz no Malawi, saudaram a sentença, observando que uma pessoa com problemas de pigmentação da pele também é um ser humano.
Refira-se que o arcebispo da arquidiocese de Blantyre Thomas Msusa, já tinha anunciado o afastamento do padre católico Thomas Muhosha do clero diocesano na altura em que cumpria a prisão preventiva. (RM Blantyre)
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