Malawi passa a importar combustível a partir do Porto de Nacala

Malawi passa a importar 15 milhões de litros de combustível por mês a partir do Porto de Nacala para Lilongwe, via ferroviária. 

As operações que se iniciam ainda este mês, foram confiadas à empresa Nacala Logistics Limited.

A referida importação segue-se aos acordos alcançados entre a Nacala Logistics Limited e as Companhias Nacional de Petróleo do Malawi (NOCMA) e a Petroleum Importers Limited, cujo memorando está em vigor.

A especialista em assuntos externos da Nacala Logistics Limited no Malawi, Joyce Malongo, explicou que o início da importação de combustível a partir do Porto de Nacala até Lilongwe, decorre da conclusão das obras de reabilitação do troço ferroviário que liga Balaka e Lilongwe.

Com início deste carregamento, Malawi reduz paulatinamente o uso do porto de Dar-Es-Salaam em Tanzânia na importação de combustível, cujo custo é avaliado como oneroso, devido ao uso de meios rodoviários.

Para responder aos desafios impostos pelo governo malawiano, a Nacala Logistics dispõe de uma frota de 88 tanques cisternas com capacidade total de 3,5 milhões de litros por cada viagem.

A empresa já vinha transportando combustível desde Nacala para Blantyre, mas ainda não tinha chegado a Lilongwe, capital malawiana que dependia totalmente de combustível abastecido por camiões.

Com a reabilitação da linha, eis que se chega a este marco histórico, aliás, no princípio deste mês, foi feito o primeiro carregamento de carvão mineral desde a cidade de Moatize em Tete até Lilongwe, via ferroviária.

São resultados dos acordos de gestão do Corredor de Nacala, assinados pelos presidentes de Moçambique Filipe Nyusi, do Malawi, Lazarus Chakwera e da Zâmbia, Hakainde Hichilema, no quadro do projecto de comércio e conectividade da África Austral na componente de coordenação regional, com o objectivo de fortalecer as operações e fomentar o desenvolvimento da região.

São acordos que segundo Nyusi, representam um novo paradigma de gestão, numa abordagem tripartida das preocupações dos agentes económicos, assegurando mecanismos integrados para a circulação de pessoas e bens, com objectivo de reduzir os custos de transporte e tempo de trânsito de mercadorias. (RM Blantyre)