Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), manifesta cepticismo quanto ao cumprimento da maioria dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030, e transformação de Malawi em país de renda média.
O BAD sustenta a sua posição apontando o baixo crescimento económico, a lenta transformação estrutural, o aumento dos saldos fiscais, o sobreendividamento, a escassez de divisas, o crescimento lento do sector financeiro, o insucesso das estratégias de industrialização, e infra-estruturas deficientes como factores que poderão contribuir para o fracasso.
Numa espécie de diagnóstico do País, o BAD refere que o governo do Malawi está a dar prioridade à comercialização agrícola como parte da agenda de crescimento económico, contudo, o fraco desenvolvimento de infra-estruturas, como energia, transportes e irrigação, interfere na eficiência desta aposta.
Embora o sector agrícola tenha beneficiado de subsídios, a eficiência de tais iniciativas para transformar a economia tem sido limitada pela degradação da qualidade do solo, restrições hídricas, falta de mecanização e, nos últimos anos, pelas alterações climáticas.
Afirmou também que os custos de transporte estão entre os mais elevados de África. Uma tonelada métrica custa 10 dólares por quilómetro, associado às estradas rurais que são precárias e inseguras, necessitando de uma reabilitação urgente, para viabilizar a cadeia de valor.
Com o sector agrícola à oferecer 76 por cento de emprego, o Malawi tem uma vantagem comparativa em indústrias de mão-de-obra intensiva, como a indústria transformadora, tornando a industrialização um motor para o crescimento sustentável.
Mas, observa o BAD que o valor acrescentado da indústria transformadora e a industrialização estagnaram, com uma média de nove e 16,4 por cento, respectivamente.
Desde então, está instituição financeira tem instado o Malawi a lidar com uma série de estratégias de industrialização virada à reabilitação e construção de infra-estruturas ferroviárias e marítimas para ajudar a impulsionar o comércio interno e regional, reduzir os custos logísticos e desenvolver infra-estruturas energéticas.
Do lado fiscal, Lilongwe foi instado a praticar a contenção fiscal e a reforçar os controlos na utilização de recursos financeiros. (RM)
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