Malawi. Polícia trava tentativa de invasão ao palácio presidencial e prende 33 cidadãos 

Polícia do Malawi frustra tentativa de invasão ao palácio presidencial e prende 33 cidadãos que se destacaram na manifestação anti-governamental.

Dos 33 detidos, dois são tidos como instigadores da manifestação, nomeadamente Joshua Chisa Mbele e Levi Luwembe.

Os dois activistas sociais, organizaram, este fim-de-semana, protestos contra a impunidade, com  objectivo de forçar o presidente Lazarus Chakwera e o seu governo a melhorar a governação, manchada pela corrupção e dificuldades económicas prevalecentes.

Durante os protestos, o grupo de manifestantes dirigiu-se ao palácio presidencial, desafiando uma ordem policial que impedia a marcha naquela direcção.

O porta-voz da polícia nacional, Peter Kalaya, disse que os agentes da lei foram forçados a agir pois a manifestação constituía  um atentado à segurança do chefe de estado.

As 33 pessoas detidas à escassos metros do palácio presidencila, estão a enfrentar uma acusação de incitação à violência e atentado à segurança do estado.

Os protestos começaram pacificamente pela manhã no centro da capital malawiana, Lilongwe, mas horas depois, alguns manifestantes embarcaram por uma onda de violência, atirando pedras em algumas lojas.

A força de defesa do Malawi, foi chamada a juntar-se à polícia nacional para reforçar a segurança.

Protestos iguais, aconteceram nas cidades de Blatnyre e Zomba, mas não tiveram maior adesão e foram pacíficos.

Os líderes do maior partido da oposição o DPP e do UDF, que anunciaram as manifestações, não se fizeram presentes.

O presidente Lazarus Chakwera já reagiu, afirmando que todos os malawianos têm o pleno direito de se manifestarem, mas devem fazê-lo segundo a lei.

Segundo Chakwera, houve uma centena de pessoas que se manifestaram nas ruas e 19 milhões de malawianos que não aderiram aos protestos. (RM Blantyre)