Presidente do Malawi Lazarus Chakwera cumpriu esta quarta-feira, terceiro ano do seu mandato, com os analistas a desenharem um quadro sombrio sobre o futuro económico, social e político do país.
Chakwera que chegou ao poder em 28 de Junho do ano 2020 liderando uma coligação de nove partidos, prometeu transformar o ambiente sócio-económico do Malawi, afirmando que levaria o país à “terra prometida”.
Volvidos três anos, especialistas em política, economia e governança afirmam que, o país está economicamente estagnado ou pior do que antes, pois os padrões de vida dos malawianos continuam a deteriorar-se.
Numa avaliação dos três anos da presidência de Chakwera intitulada “O estado da governação no Malawi: Uma economia política caótica”, o professor de ciência política da Universidade do Malawi, Boniface Dulani observou que a escassez de divisas, a desvalorização da moeda local, a alta taxa de inflação e o aumento da corrupção estão a deteriorar o estilo de vida dos malawianos.
Para Dulani, Malawi está à beira de um colapso económico, numa altura em que há relatos de corrupção generalizada em vários sectores.
Por seu turno, o economista e pesquisador, Farai Chigaru, numa apresentação intitulada “Desmistificando o crescimento económico do Malawi: retrospectiva e perspectiva”, disse que o país está em crise aguda de divisas, devido a falhas no delineamento de estratégias para reverter o actual gráfico.
Já o especialista em rastreamento de gastos públicos, Mavuto Bamusi, disse que os três anos da actual governação, foram marcados pela fome, aumento da dívida pública e dos preços de bens e serviços, além da desigualdade social.
Bamusi afirmou que a maioria das promessas da campanha eleitoral não foi ainda efectivada, a exemplo da criação de 1 milhão de empregos, redução dos poderes presidenciais, e das viagens ao exterior.
Bamusi, criticou também o papel da oposição e das organizações da sociedade civil que tem sido decepcionante e insatisfatório, com um Partido Democrático Progressista (DPP) desarticulado sem unidade nem direcção.
Contudo, o governo do Malawi afirma que o país registou vários progressos nestes 3 anos da administração, mas a pandemia de covid-19, a invasão Russa à Ucrânia que interrompeu as cadeias de abastecimento globais, as calamidades naturais, contribuíram para um impacto negativo no desempenho do governo de Lazarus Chakwera. ( RM)
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