O presidente Lazarus Chakwera e seu partido, o Malawi Congress Party (MCP) devem trabalhar arduamente para resgatar a confiança junto do eleitorado, nas eleições gerais de 2025, alerta a Unidade de Inteligência Económica.
A imagem do presidente e do partido desgastou-se pela escassez de alimentos e combustível, agravada pelas baixas reservas cambiais e altos níveis de pobreza, informação que consta do relatório da Unidade de Inteligência Económica, uma instituição de pesquisa e análise do Economist Group com sede em Londres, Reino Unido.
A corrupção generalizada que se instalou em diversos sectores governamentais e o desemprego são outros factores tidos como potenciais fontes de instabilidade que poderão dificultar o presidente Chakwera a renovar o seu mandato.
O relatório diz ainda que o país enfrentará prováveis protestos públicos localizados por causa do alto custo de vida e da prisão selectiva de figuras políticas e altos funcionários do governo, acusados de envolvimento em actos de corrupção.
O documento cita a detenção do vice-presidente Saulos Chilima e da directora-geral do gabinete central de combate a corrupção, Martha Chizuma, como exemplos.
As disputas internas no seio dos nove partidos coligados liderados por Lazarus Chakwera é outra desvantagem para o actual chefe de estado malawiano.
O relatório refere também que as relações de Malawi com parceiros ocidentais como os Estados Unidos e a União Europeia, que contribuem substancialmente em termos de ajuda e doações, estão comprometidas por causa da corrupção endémica e falta de transparência.
Vários comentaristas políticos, económicos e sociais, concordaram com o relatório.
Solicitado a comentar, o Ministro da Informação e Digitalização do Malawi, Moses Kunkuyu, considera não fiável a previsão da avançada pela Unidade de Inteligência Económica, afirmando que a coligação dos 9 partidos estava intacta.
Kunkuyu negou o alegado aumento da corrupção e esclareceu que as questões sobre a pobreza, são motivadas por vários factores, alguns dos quais de natureza global, tendo afirmado que o governo está explorando soluções locais para os problemas.
O relatório da Unidade de Inteligência Económica, vem 10 meses depois de, cerca de 80% dos malawianos responder em pesquisa de opinião realizada pelo Afrobarometer que preferia votar na oposição, pois o país não estava na direcção certa. (RM Blantyre)
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