O Presidente do Malawi exige a necessidade de aplicação de medidas disciplinares e reformas fiscais, para o amortecimento da dívida pública do país que atingiu 7 biliões de dólares.
Lazarus Chakwera que atirou a responsabilidade desta dívida insustentável ao anterior governo, disse ser uma realidade que a mesma está a gorar os planos de desenvolvimento do país.
Para Chakwera, além dos altos níveis de dívida, a emissão de falsos relatórios sobre o desempenho financeiro do país enquinados pelo governo passado que levou ao corte do financiamento do Fundo Monetário Internacional, é outra realidade que está a prejudicar o progresso do Malawi.
Falando numa cerimónia de orações pelos 59 anos da independência nacional, o estadista malawiano apontou ainda a descoberta de cartéis que não apenas monopolizam sectores significativos da economia do país, mas também conspiram com funcionários públicos para fraudar o governo e o povo.
São dentre outros, o contrabandeamento de matérias-primas e mercadorias para fora do Malawi, sem remeter nenhuma receita ao estado como exigido por lei.
O líder do Malawi revelou que o efeito líquido destas descobertas foi o encolhimento do espaço fiscal do país numa altura em que se necessita de recursos para estimular a produtividade e a actividade económica através do desenvolvimento de infra-estruturas e do estabelecimento de programas de serviço público.
Afirmou ainda ser necessária a restauração da confiança de parceiros e investidores que cortaram o financiamento directo ao orçamento do estado em 2014.
É neste contexto que o presidente do Malawi disse ter imposto restrições nas aquisições de bens para o estado, tendo como prioridade as pequenas e médias empresas locais em detrimento do estrangeiro.
Lazarus Chakwera afirmou ainda que existia um grupo de indivíduos que pilhava o dinheiro público, mas o mesmo, já foi neutralizado.
É este grupo que segundo Chakwera, aparece a imprensa criticando que o país está num caminho errado.
Chakwera disse reconhecer que o aperto ao cerco que introduziu no governo, rendeu-lhe inimizade entre aqueles que desfrutavam do monopólio.
"Não me importo de fazer inimigos com aqueles que exploram e defraudam os malawianos, porque meu único interesse é servir o povo, por isso vou acabar com os preguiçosos e ladrões do dinheiro do povo”, concluiu Chakwera. ( RM Blantyre)
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