Governo do Malawi, decreta proibição de importação de vários produtos localmente disponíveis, uma medida que visa proteger as frágeis reservas cambiais e estimular a produção nacional.
Através do ministério da Indústria e Comércio, a partir de agora, Malawi deixa de importar farinha de milho, frutas e vegetais produzidos localmente, leite fresco, arroz, manteiga de amendoim, mel, pipoca, palitos de dente e fósforos.
Consta igualmente da lista de restrições, salsichas e outras carnes processadas, água mineral, ovos, utensílios de plástico, móveis de madeira, esfregões, batatas irlandesas, alho, gengibre, cebolas e até botas de segurança.
O ministro da Indústria e Comércio do Malawi, Vitumbuko Mumba, afirmou que a decisão, visa reduzir a dependência excessiva do país relativamente a produtos importados que podem ser adquiridos ou fabricados localmente.
A proibição foi bem recebida pelos principais observadores económicos, incluindo a Coligação de Defesa dos Direitos Humanos, e a Rede de Justiça Económica do Malawi que vêem como uma intervenção necessária para reacender os sectores produtivos do país.
Para a directora executiva da Rede de Justiça Económica do Malawi, Bertha Phiri, o país tem importado bens desnecessariamente, drenando reservas cambiais que poderiam ser usadas para importações estratégicas e projectos de desenvolvimento.
Para ela, esta nova política do governo, força o consumo do produto local o que vai impulsionar o crescimento económico do país.
O presidente da coligação de Defesa dos Direitos Humanos, Gift Trapence, descreveu a directiva como um impulso crucial para pequenas empresas e agricultores locais.
Disse aplaudir ao governo pela medida oportuna que abrirá portas para empreendedores, contudo, chamou atenção para que os produtos locais possam responder aos padrões de qualidade exigidos.
A Autoridade Tributária do Malawi, foi encarregada de impor a proibição em todas as fronteiras e postos de controlo alfandegários e qualquer indivíduo ou entidade que for encontrado a importar produtos proibidos enfrentará penas severas.
O presidente do Malawi, Lazarus Chakwera, tem consistentemente defendido políticas voltadas para promover a auto-suficiência e construir uma economia resiliente. (RM Blantyre)
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