Equipas de resgate começam a usar cães farejadores para acelerar o processo de localização de corpos presos sobre os escombros, depois da passagem do ciclone tropical Freddy, no Malawi.
A medida é adoptada numa altura em que as equipas de resgate estão a enfrentar enormes dificuldades para localizar os corpos ainda cobertos pela lama.
Com o auxílio de caninos, foi possível recuperar esta terça-feira, 50 corpos entre os escombros, só na cidade de Blantyre, elevando para 507, o número de óbitos.
O porta-voz da polícia, Peter Kalaya, disse que para a referida operação foram mobilizadas equipas compostas por membros da corporação e militares, enquanto que a Cruz Vermelha, soldados tanzanianos e mergulhadores do Reino Unido, estão envolvidos no resgate de pessoas que ainda se encontravam em cima de árvores.
E porque o número das pessoas sitiadas ainda é maior pelo facto de, a região sul estar ainda a registar chuvas, foram igualmente mobilizados meios aéreos para transportar alimentação e outros bens necessários a partir da cidade de Blantyre para os pontos inacessíveis via terrestre e fluvial.
Os últimos dados indicam que 537 pessoas continuam desaparecidas e mais de mil e trezentas contraíram ferimentos graves.
O presidente Lazarus Chakwera, foi esta quarta-feira ao parlamento, em resposta à solicitação dos deputados, para a apresentação do ponto de situação dos danos causados pelo ciclone Freddy e as acções em curso.
Os deputados, questionaram ao presidente Chakwera sobre o plano do governo para a recuperação das infra-estruturas danificadas, e a necessidade de criação de um fundo de resposta aos desastres naturais.
O chefe de estado malawiano respondeu que brevemente o seu governo irá apresentar um plano de recuperação pós-ciclone.
Afirmou que o executivo liberou um valor, equivalente a cerca de 98 milhões de meticais, para uma resposta rápida, mas a quantia esteve aquém de responder os danos causados pela catástrofe.
Agradeceu os povos amigos da Tanzânia, Zâmbia, Moçambique, África do Sul, Zimbabwe, Reino Unido, Noruega, EUA, a SADC, ONU e organizações humanitárias que estenderam a sua mão solidária para o Malawi.
Hoje o presidente Lazarus Chakwera vai reunir-se com os antigos estadistas do Malawi, nomeadamente Bakili Muluzi, Joice Banda e Peter Mutharika para colher sensibilidades, sobre o caminho a seguir neste momento trágico que o país atravessa. ( RM Blantyre)
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