Fundo Monetário Internacional volta a sentar-se a mesma mesa com o governo do Malawi, em busca de consensos para a retoma de financiamento, face à crise económica que se instalou no país.
Na mesa das negociações iniciadas esta quarta-feira, entre o governo de Lilongwe e o FMI, discute-se a viabilização de um crédito facilitado para o Malawi.
Trata-se de um pacote financeiro cuja finalidade é, assegurar uma assistência financeira concessional rápida a países de baixa renda que enfrentam uma necessidade urgente para a balança de pagamentos, sem condicionalismos.
As negociações para o crédito rápido facilitado, ocorrem numa altura em que o Malawi vem pressionando para uma possível retoma do financiamento do FMI ao país.
O ministro das finanças do Malawi, Sosten Gwengwe, explicou que as partes optaram por se envolver em negociações para um crédito rápido pelo facto de, Malawi estar a enfrentar problemas na balança de pagamentos e precisa de uma ponte de financiamento enquanto se aguarda pela retoma do financiamento do FMI.
O Malawi enfrenta um aperto cambial que ameaça a importação de commodities estratégicos, como combustível, fertilizantes e medicamentos.
O crédito rápido e facilitado é concedido através de três janelas, ou seja, janela regular, janela de choque exógeno e janela de grandes desastres naturais.
Na semana passada, o presidente Lazarus Chakwera teve uma reunião com a diretora do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, na sede do FMI em Washington, onde os dois discutiram a difícil situação econômica que o Malawi enfrenta.
Em comunicado, Georgieva disse que estava impressionada com o compromisso inabalável de Chakwera, de avançar com esforços ambiciosos de reforma para ajudar a melhorar a vida do povo do Malawi e restaurar a estabilidade macroeconómica, incluindo a eliminação da dívida pública insustentável. (RM Blantyre)
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