Surto da cólera alastra-se para 14 distritos do Malawi, onde já fez sessenta e duas mortes.
A situação atingiu contornos alarmantes e a cada dia, o número de distritos e de novas infecções, está aumentando.
Até ao momento, o país tem um cumulativo de 1.647 casos, com maior destaque para o distrito de Nsanje que faz fronteira com Mutarara, em Tete, e Morrumbala, na Zambézia, Chikwawa com Dôa, Neno com Moatize, ambos da província de Tete.
O vibrião colérico, propagou-se igualmente para o distrito de Mangochi, que faz fronteira com os distritos de Mandimba, Mecanhelas e Ngaúma, no Niassa.
A cólera, já atingiu a metade do Malawi, atendendo que, dos 28 distritos que compõem o país, 14 estão afectados.
As agências de ajuda das Nações Unidas apelaram ao governo do Malawi, para aumentar a sua capacidade interventiva no combate ao surto, pois pelos números, se pode afirmar que pouco está se a fazer para conter a doença.
A Organização Mundial da Saúde e o Unicef, em comunicado conjunto, afirmam necessidade urgente de práticas de higiene positivas, sob pena de, os efeitos do surto afectarem o já sobrecarregado sistema de saúde do Malawi.
As duas agências disseram que há necessidade de fornecer suprimentos essenciais, para fazer face aos casos de cólera e para tratamento de água e higiene pessoal.
Actualmente, 33% da população do Malawi ainda não tem acesso a água potável.
Esta situação, aliada a falta de higiene, está a criar um terreno fértil para a propagação do surto, transmitido pela ingestão de alimentos ou água contaminados.
O ministério da saúde do Malawi continua a administrar a vacina oral contra a cólera, mas os resultados ainda não satisfatórios. ( RM Blantyre)
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