Malawi: Três condenados por administrar vacina falsa

Publicado: 12/07/2024, 8:55
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Tribunais dos distritos de Mangochi e Mwanza no Malawi, condenam a 15 meses de prisão efectiva, a três indivíduos, que administravam uma vacina falsa, alegadamente para a eliminação do HIV/SIDA.

Dos condenados, duas são mulheres julgadas pelo tribunal de Mangochi, por venda de uma injecção falsificada de gentamicina, rotulada como vacina Gamora que cura a SIDA.

O terceiro condenado, é um homem de 32 anos de idade, cuja pena foi arbitrada pelo tribunal de Mwanza, por ter publicado e administrado comprimidos de origem desconhecida, como se de Gamora se tratasse.

A situação, levantou uma enorme preocupação ao governo, que chamou jornalistas para informar que além dos condenados, há um outro grupo de cidadãos mal-intencionados, que estão a publicitar produtos falsificados nas redes sociais, alegando que curam do HIV/SIDA.

A directora executiva da Comissão Nacional de Combate ao HIV/SIDA, Beatrice Matanje, alertou que a prática está a expor mais pessoas aos medicamentos falsos e a colocar as suas vidas em risco.

Explicou que os fraudadores estão a adulterar rótulos de alguns medicamentos conhecidos, os quais passam a ostentar nomes de fármacos  que supostamente curam o HIV/SIDA.

Estes produtos falsificados são vendidos a pessoas inocentes com o estado serológico positivo a preços exorbitantes, variando entre 90 000 kwachas, cerca de 3 mil meticais e 260 000 kwachas cerca de 8,500 meticais por dose.

Beatrice Matanje afirmou que a preocupação  é maior pelo facto de, os medicamentos administrados não serem devidamente conservados, aumentando assim o risco de, os mesmos serem nocivos ao organismo dos consumidores.

Ademais, os fraudadores enganam alguns pacientes em tratamento anti-retroviral, para abandoná-lo e, em substituição, tomar o falso medicamento Gamora alegadamente para uma cura definitiva.

Pela gravidade do crime cometido, o director-geral da Autoridade Reguladora de Farmácias e Medicamentos do Malawi, Mphatso Kawaye, considera as penas aplicadas aos três condenados de brandas, pois, mereciam dez anos de prisão acrescidos a uma multa de 10 milhões de kwachas cerca de 350 mil meticais, de acordo com a lei de falsificação de medicamentos vigente no país.

A coordenadora nacional da Associação para Jovens Vivendo com HIV/SIDA, Ellina Mwasinga, deplorou a atitude, tendo apelado aos seropositivos a buscarem aconselhamento junto das autoridades que lidam com a matéria​, sempre que forem abordados por oportunistas. (RM Blantyre)

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