MISA-Malawi quer de volta os 10 órgãos de comunicação social encerrados pelo governo

Publicado: 05/05/2023, 9:23
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MISA – Malawi pede ao governo para reconsiderar a decisão da revogação de licenças de transmissão, que levou ao encerramento de 10 órgãos de comunicação social no país, deixando 250 jornalistas no desemprego.

A Autoridade Reguladora das Comunicações no Malawi, MACRA, anulou ano passado, licenças de transmissão de rádios, televisão e jornais electrónicos, devido a falta de pagamento de direitos de transmissão.

Para o MISA – Malawi, o posicionamento do governo de Lilongwe, contrasta com o compromisso do presidente Lazarus Chakwera de promover a liberdade de expressão e acesso à informação.

A presidente do MISA-Malawi, Teresa Ndanga, reconhece ser obrigação dos órgãos de comunicação social liquidarem as suas dívidas, mas recordou que o ambiente económico prevalecente no país, não facilita.

Teresa Ndanga, falava durante o café da manhã oferecido pelo presidente Lazarus Chakwera aos comunicadores do Malawi, por ocasião da passagem do dia mundial da Liberdade de Imprensa assinalado esta quarta-feira.

A presidente do Misa-Malawi, não escondeu a sua insatisfação ao presidente Chakwera, pelo facto de, o chefe do estado malawiano não ter respondido às preocupações apresentadas sobre o assunto.

O MISA Malawi, manifestou ainda preocupação com a lei que criminaliza a difamação, no exercício da profissão, quando a mesma era resolvida pela via cível.

O presidente do Malawi Lazarus Chakwera sem fazer menção às preocupações levantadas, destacou o seu compromisso de promover e proteger a liberdade de expressão, como impulsionadora dos demais direitos.

Quando as armas, o dinheiro, as leis, os governos e as fronteiras não forem capazes de defender, promover e proteger os direitos de um povo, a liberdade de imprensa é nossa última linha de defesa, sublinhou Chakwera.

"E se permitirmos que nossa última linha de defesa seja abusada, desacreditada ou corrompida, abrimos as portas para que as outras liberdades sejam atacadas” – concluiu Chakwera. (RM Blantyre)

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